No cenário corporativo atual, as empresas buscam soluções que aliem qualidade de assistência à saúde e redução de custos fixos com saúde corporativa. O modelo de plano de saúde empresarial com coparticipação se destaca como alternativa eficaz, permitindo maior controle de uso e adaptação às necessidades do negócio e dos colaboradores.
O plano de saúde empresarial com coparticipação funciona de modo que a empresa arca com a mensalidade e o colaborador paga um valor extra ao utilizar serviços, como consultas, exames e procedimentos. Essa cobrança adicional pode ser fixa ou percentual, sempre definida no contrato.
Na prática, o beneficiário paga um valor adicional somente quando utiliza o serviço, e o descontado é desconto realizado diretamente na folha de pagamento ou na fatura mensal, garantindo transparência e controle.
Enquanto planos convencionais cobram uma mensalidade mais elevada, sem qualquer cobrança extra, os planos com coparticipação apresentam mensalidades reduzidas, mas geram custos variáveis quando o serviço é utilizado.
A ANS estabelece que o valor cobrado em coparticipação não pode exceder a 40% do valor do procedimento, exceto em casos de internações. Para procedimentos de baixa complexidade, a modalidade pode utilizar valor fixo ou percentual.
Veja exemplos práticos em uma tabela simplificada:
Normalmente, o valor é descontado em até 60 ou 90 dias após a utilização, conforme acordado em contrato.
Para as organizações, o modelo com coparticipação traz vantagens expressivas. Entre elas, destaca-se a redução de custos fixos com assistência, já que a mensalidade é menor em comparação a planos tradicionais. Além disso, há maior controle do uso dos serviços de saúde, permitindo análise de consumo por tipo de procedimento e implementação de programas de prevenção.
Os colaboradores se beneficiam de mensalidades mais baixas e do pagamento extra apenas quando utiliza o serviço. Ademais, muitos planos oferecem descontos ou isenções adicionais em programas de promoção da saúde.
No entanto, existe o risco de custos imprevisíveis em caso de uso frequente, o que pode impactar o orçamento familiar. Por isso, é essencial avaliar o perfil de saúde de cada funcionário antes da adesão.
Dados da Pipo Saúde mostram que a adesão ao modelo com coparticipação saltou de 52% em 2023 para 65% em 2024, envolvendo 800 mil trabalhadores de 536 empresas. Pequenas e médias empresas são as maiores adeptas, em busca de flexibilidade e economia.
Especialistas preveem que essa tendência continue, impulsionada pela necessidade de equilíbrio entre custo e qualidade do atendimento médico.
A ANS determina tetos de cobrança e exige contratos claros. Os beneficiários têm direito a saber quais procedimentos estão sujeitos à coparticipação, limites máximos de cobrança e prazos de desconto. Essas normas asseguram limites regulatórios que protegem o consumidor e garantem acesso aos serviços essenciais.
Para tomar a melhor decisão, avalie o perfil do time, uso esporádico ou frequente do plano, a capacidade de absorção de custos variáveis pelos colaboradores e a cultura de saúde corporativa. Considere também:
Uma startup de tecnologia adotou coparticipação e reduziu em 18% o custo total com saúde no primeiro ano, ao mesmo tempo em que implantou programas de ginástica laboral. Já uma empresa de serviços financeiros registrou aumento na adesão a check-ups, pois ofereceu isenção de coparticipação para exames preventivos.
O plano de saúde empresarial com coparticipação é uma solução equilibrada, que combina redução de custos e estímulo ao uso consciente dos serviços médicos. Para obter os melhores resultados, é fundamental analisar o perfil dos colaboradores, negociar cláusulas claras e monitorar constantemente o consumo.
Com planejamento e transparência, essa modalidade pode gerar benefícios significativos para empresas e funcionários, promovendo saúde e sustentabilidade financeira no longo prazo.
Referências