Os fundos de ações com foco em dividendos atraem investidores em busca de renda recorrente aos cotistas sem abrir mão da valorização patrimonial. Em 2025, esse segmento mostrou-se uma alternativa robusta para quem deseja estabilidade em cenários voláteis.
Esses fundos reúnem ativos de empresas que possuem histórico consistente de distribuição de lucros por meio de dividendos e juros sobre capital próprio. O investidor passa a contar com um fluxo de caixa regular e previsível, enquanto participa da valorização das cotas.
A estratégia privilegia papéis de setores bem estabelecidos, com menores oscilações abruptas. Em geral, as gestoras selecionam companhias blue chips que combinam equilíbrio financeiro e governança sólida.
No primeiro semestre de 2025, a recuperação dos ativos na Bolsa foi determinante. O Ibovespa acumulou alta de 13%, impulsionando o desempenho dos fundos de dividendos. Alguns gestores alcançaram retorno superior a 30% no período.
Os 15 melhores fundos registraram ganhos entre 20% e 30% no acumulado do ano, superando amplamente o CDI. Esse resultado reflete não apenas o pagamento de proventos, mas também a valorização dos próprios ativos em carteira.
O Dividend Yield (DY) é o indicador que mostra o retorno anual em proventos em relação ao preço da ação. Em 2025, o setor elétrico e o financeiro lideraram os maiores DYs, atraindo ainda mais atenção das gestoras.
Vale destacar também ações como Log Commercial (LOGG3), com projeção de DY acima de 6,4%, impulsionada pela desvalorização no ano anterior que elevou o retorno esperado.
Entre os melhores fundos de ações com foco em dividendos, destacam-se aqueles que mesclam seleção criteriosa e diversificação por setor. Gestoras independentes e bancos de varejo lideram o ranking de rentabilidade.
Estudos indicam que quem investiu no início de 2025 capturou oportunidades criadas pela queda superior a 10% do Ibovespa em 2024. Com ações depreciadas, o DY médio nos fundos saltou, oferecendo potencial de ganhos ainda maiores.
O rali de 2025 se consolidou em um cenário de juros em queda, inflação controlada e expectativas positivas para o crescimento econômico. Setores resilientes, como utilities e bancos, beneficiaram-se de políticas pró-dividendos.
Essa sinergia entre proventos regulares e valorização de mercado conferiu aos fundos de dividendos um perfil defensivo com viés de crescimento, atraindo tanto investidores conservadores quanto aqueles com maior tolerância ao risco.
No Brasil, fundos de ações seguem a alíquota de 15% de Imposto de Renda sobre o ganho de capital no resgate das cotas. Os dividendos recebidos pelos fundos não sofrem tributação adicional, pois já são distribuídos após a tributação das empresas.
Propostas de reforma tributária podem alterar esse cenário futuramente, mas, até o momento, não impactaram diretamente o tratamento fiscal dos dividendos dentro dos fundos.
Embora apresentem estabilidade relativa, esses fundos não estão isentos de riscos. Eventos setoriais adversos ou alterações regulatórias podem reduzir o fluxo de proventos.
É fundamental avaliar a composição da carteira, histórico de distribuição, taxa de administração e eventuais custos de performance antes de decidir pela alocação.
Para o restante de 2025, a perspectiva é de que os fundos de dividendos continuem em destaque enquanto permanecerem as condições de juros declinantes e inflação controlada. Empresas consolidadas com políticas consistentes de distribuição tendem a se sobressair.
A adoção crescente de estratégias que combinam conformidade ESG e governança corporativa poderá elevar ainda mais o apelo desses fundos, além de atrair investidores institucionais em busca de critérios sustentáveis.
Em suma, os fundos de ações com foco em dividendos configuram-se como uma opção equilibrada para quem almeja renda passiva sustentável aliada à potencial valorização de capital. Com conhecimento dos riscos e da tributação, é possível construir uma carteira sólida e alinhada aos objetivos de longo prazo.
Referências