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Inclua ativos protegidos contra inflação

Inclua ativos protegidos contra inflação

15/07/2025 - 00:17
Bruno Anderson
Inclua ativos protegidos contra inflação

Proteger o patrimônio contra a escalada dos preços é fundamental para manter o poder de compra do seu dinheiro e garantir tranquilidade financeira no longo prazo. Descubra como incluir ativos que acompanham a inflação e asseguram ganhos reais.

Por que proteger o patrimônio contra a inflação?

A inflação corroendo sua reserva compromete objetivos como a aposentadoria, a compra de um imóvel ou até mesmo a educação dos filhos. Sem mecanismos de correção monetária, o valor aplicado hoje pode perder quase metade de seu poder de compra em décadas.

Considerando o IPCA, principal índice de preços do Brasil, variando entre 4% e 11% ao ano na última década, a perda de rendimento real sem proteção é evidente. Quem não corrige seus investimentos acaba sendo refém do aumento constante dos custos de vida.

O que são ativos protegidos contra inflação?

São instrumentos cujo rendimento ou valorização acompanha índices de preços, como IPCA ou IGP-M, garantindo que o capital mantenha ou aumente seu valor real.

  • Rendimento atrelado à inflação (ex: Tesouro IPCA+).
  • Valorização real de ativos (ex: imóveis, commodities).

Essa dupla abordagem permite que o investidor combine segurança e crescimento, criando uma barreira natural contra a desvalorização do dinheiro.

Principais ativos no Brasil

Como funcionam os investimentos indexados ao IPCA?

Em títulos como o Tesouro IPCA+, o rendimento consiste na soma da variação do índice de preços mais uma taxa fixa contratada no momento da compra.

Por exemplo, se o IPCA acumulado em um ano for 6% e a taxa fixa do título for de 5%, o investidor recebe 11% de retorno bruto nesse período. Assim, o ganho real acima da inflação está assegurado.

No entanto, antes do vencimento, o valor de mercado pode oscilar devido à marcação a mercado, impactando positivamente ou negativamente o preço do título em caso de venda antecipada.

Riscos, custos e cuidados

  • Liquidez: variada segundo o ativo; FIIs e CRIs têm liquidez inferior ao Tesouro.
  • Risco de crédito: CDBs e debêntures dependem da solidez do emissor.
  • Tributação: IR regressivo em títulos públicos e CDBs; CRIs/CRAs podem ser isentos.
  • Custos: taxas de administração em fundos e eventuais taxas de corretagem.
  • Volatilidade: imóveis e ações expostos a crises setoriais ou econômicas.
  • Repasse de custos: em ações de setores essenciais, a capacidade de repassar inflação ao consumidor é crucial.

Estratégias para incluir esses ativos na carteira

Avalie seu horizonte de investimento: títulos indexados ao IPCA entregam o melhor resultado quando mantidos até o vencimento. Já ativos reais, como imóveis e commodities, podem ser mantidos de acordo com objetivos de longo prazo.

Combine diferentes classes de ativos para equilibrar segurança e rendimento. Invista em ativos financeiros (Tesouro IPCA+, CDBs), reais (ouro, imóveis) e internacionais (exposição cambial) conforme seu perfil de risco.

Realize revisões periódicas: ajuste a proporção de cada ativo quando o cenário econômico ou suas necessidades financeiras mudarem, garantindo flexibilidade e resiliência ao portfólio.

Diversificação: regra de ouro

Concentrar investimentos em um único ativo aumenta riscos e pode comprometer sua proteção contra a inflação. A diversificação atua como um escudo, reduzindo os impactos de cenários adversos e assegurando ganhos mais estáveis.

Distribua recursos entre Tesouro IPCA+, FIIs, ações de empresas resilientes, ouro, CDBs IPCA+ e fundos internacionais. Assim, você atenua riscos específicos e amplia as chances de superar a inflação em diferentes ciclos econômicos.

Incorporar ativos protegidos contra inflação não é apenas uma estratégia inteligente, mas um passo essencial para construir uma trajetória financeira sólida e confiável, capaz de resistir às oscilações dos preços e preservar seu patrimônio ao longo do tempo.

Bruno Anderson

Sobre o Autor: Bruno Anderson

Bruno Anderson