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Avalie exposição ao risco de cada produto

Avalie exposição ao risco de cada produto

28/08/2025 - 18:23
Bruno Anderson
Avalie exposição ao risco de cada produto

Em um mercado cada vez mais exigente, identificar, analisar e mitigar riscos torna-se fundamental para a sustentabilidade de qualquer empreendimento.

Conceito e Importância da Avaliação de Risco

A avaliação de risco de produto consiste em um conjunto de atividades voltadas para garantir a segurança do trabalhador e consumidor, bem como proteger o meio ambiente e assegurar a conformidade regulatória.

Ao longo de seu ciclo de vida, desde o desenvolvimento até o descarte, cada produto pode gerar situações inseguras. A legislação brasileira, como a NR 9, e normativas internacionais, como o GHS, tornam obrigatória a adoção de processos sistemáticos para prevenir acidentes, doenças ocupacionais e impactos ambientais.

Tipos de Riscos Avaliados

Os principais grupos de perigos associados aos produtos são:

  • Riscos Químicos: inalação, absorção dérmica e ingestão de substâncias nocivas;
  • Riscos Físicos: exposição a ruído intenso, radiações e temperaturas extremas;
  • Riscos Biológicos: contato com agentes patogênicos em ambientes industriais ou laboratoriais;
  • Riscos de Processo: falhas operacionais, vazamentos e explosões durante a produção ou transporte.

Metodologias de Avaliação de Risco

A escolha da técnica adequada depende do setor, complexidade do processo e características do produto. A tabela abaixo resume as principais metodologias:

Etapas em Comum para Condução da Avaliação

Apesar das diferenças entre as metodologias, todas compartilham um fluxo de trabalho padronizado:

  • Definição do escopo: delimitar produtos, processos e fases do ciclo de vida;
  • Formação de equipe multidisciplinar: integrar áreas de segurança, engenharia e regulatório;
  • Coleta de dados: inventário de substâncias, volumes e condições de uso;
  • Priorização de riscos: classificar segundo gravidade, frequência e probabilidade;
  • Proposição de medidas de controle: prevenção, mitigação, EPIs e substituição de agentes;
  • Revisão e atualização periódica para refletir mudanças nos processos.

Parâmetros e Informações Necessárias

Para uma avaliação eficaz, descrever e registrar:

Toxicidade do produto conforme classificação GHS e frases R/H;

Volumes e frequência de uso, potencial de dispersão e condições operacionais;

Vias de exposição (inalação, contato dérmico) e grupos expostos (operadores, equipe de limpeza);

Medidas preventivas já implementadas, como sistemas de ventilação, procedimentos operacionais e treinamentos.

Documentação e Comunicação

Manter registros organizados é essencial para garantir rastreabilidade e auditoria. Recomenda-se:

  • Elaboração de Fichas de Dados de Segurança (FDS) detalhadas;
  • Registro de logs de incidentes e ações corretivas;
  • Comunicação clara dos riscos e procedimentos para toda a equipe.

Ciclo de Vida do Produto

A avaliação de risco deve acompanhar todo o percurso do produto:

1. Desenvolvimento e formulação;

2. Produção e embalagem;

3. Transporte e armazenamento;

4. Uso pelo cliente final;

5. Descarte ou reciclagem responsável.

A atualização contínua permite incorporar feedbacks, inovações tecnológicas e alterações regulatórias.

Práticas Recomendadas

Para manter alto nível de segurança e conformidade, adote estas diretrizes:

  • Revisão e atualização regular dos estudos de risco;
  • Treinamento contínuo de equipes quanto às novas metodologias;
  • Integração obrigatória com normas nacionais e internacionais;
  • Fomento de uma cultura de segurança e melhoria contínua em toda a organização.

Desafios Comuns

Em muitas empresas, observam-se entraves que comprometem a eficácia:

  • Falta de engajamento multidisciplinar desde o início;
  • Subestimação dos riscos nas fases iniciais do projeto;
  • Defasagem na atualização diante de novos perigos ou normas;
  • Comunicação insuficiente entre áreas técnicas e operacionais.

Conclusão

Ao avaliar exposição ao risco de cada produto de forma estruturada e contínua, sua organização reduz a probabilidade de acidentes, protege a saúde das pessoas e fortalece sua reputação no mercado.

Com práticas consolidadas e o envolvimento de toda a equipe, é possível transformar a gestão de riscos em um diferencial competitivo, garantindo produtos mais seguros e processos mais eficientes.

Bruno Anderson

Sobre o Autor: Bruno Anderson

Bruno Anderson