Em um mundo empresarial cada vez mais dinâmico, a economia de tempo e recursos tornou-se essencial para manter a competitividade. Muitas organizações ainda dedicam horas de trabalho a tarefas mecânicas e de baixo impacto, enquanto poderiam direcionar seus talentos a iniciativas estratégicas e de maior valor.
Segundo o estudo “OTRS Spotlight: IT Service Management 2023”, cerca de 78% das empresas brasileiras já investem em automação de processos. Destas, 52% possuem experiência prática com as ferramentas, enquanto 26% ainda lutam para explorar todo o potencial dos sistemas adquiridos.
O Brasil supera a média global em experiência com automação (28%), demonstrando um ambiente receptivo à inovação. Contudo, nem todas as organizações sabem exatamente onde aplicar essas tecnologias para maximizar resultados.
Os setores brasileiros com maior adesão à automação incluem atendimento ao cliente, recursos humanos, administração e marketing, refletindo uma tendência de internalizar processos operacionais antes concentrados apenas em áreas de TI no exterior.
Esses números mostram como as áreas operacionais, antes vistas como menos estratégicas, estão no foco de investimentos em automação no Brasil.
Mais da metade dos profissionais que utilizam automação já incorporam Inteligência Artificial ou aprendizado de máquina em seus fluxos de trabalho. Essa combinação amplia a assertividade e acelera a tomada de decisão, especialmente em processos de análise de dados e atendimento personalizado.
Integrações de IA permitem a criação de chatbots mais inteligentes, sistemas de recomendação e análises preditivas que antecipam demandas, tornando a automação ainda mais eficaz.
Para 23% das empresas, a redução de tempo em processos foi o maior ganho percebido, enquanto 19% destacaram o crescimento acelerado como benefício primário.
Entre 2017 e 2018, o índice de automação no comércio, serviços e indústria aumentou de 0,223 para 0,241 (em escala de 0 a 1), com a indústria alcançando 0,282. As oportunidades mais recentes concentram-se em canais de atendimento, monitoramento de compras e sistemas logísticos.
Esse avanço de 8% em um único ano indica um mercado em rápida evolução, no qual empresas que não acompanharem a curva de automação correm o risco de perder competitividade.
Apesar dos avanços, muitas organizações enfrentam barreiras para implementar soluções de automação avançada, principalmente métodos de «hiperautomação». A falta de capacitação ou parcerias técnicas adequadas é apontada como principal entrave.
Adicionalmente, a adoção de IA generativa exige treinamento especializado, muitas vezes inexistente no quadro atual de colaboradores. Assim, há crescente demanda por consultorias e serviços terceirizados.
É importante compreender que a automação não é uma solução única para todos os problemas e deve ser ajustada à realidade e aos objetivos de cada empresa.
Identificar atividades repetitivas é o primeiro passo para alcançar ganhos rápidos. Exemplos comuns incluem:
Esses processos consomem tempo valioso e geram pouco valor agregado, mas podem ser transformados em vantagens competitivas com o uso de automação.
Para quem deseja iniciar ou elevar seu nível de automação, sugerimos quatro passos práticos:
O monitoramento constante dos resultados permite antecipar falhas e ampliar os benefícios, assegurando que os sistemas evoluam junto com a empresa.
Automatizar processos que tomam tempo e geram pouco valor não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica. Ao adotar essa abordagem, as organizações liberam seu capital intelectual para inovação e obtêm controle aprimorado das operações.
Com planejamento, investimento em capacitação e uso inteligente de IA, é possível transformar atividades repetitivas em oportunidades de crescimento e diferencial competitivo, fortalecendo a presença no mercado e a satisfação dos clientes.
Referências